segunda-feira, 29 de março de 2010

Admiração e respeito infinitos

Esfinge,

Tenho profunda admiração e muito respeito por ti.
Não me arrependo de minhas atitudes, porque não havia outras intenções além de
descrever meus sentimentos, só meus.
Há uma música do Lulú Santos que diz muito do que sentia. Só que dei um passo em falso e te falei.
E a reação foi muito pior do que aquela que imaginei.
Apesar do sofrimento, admito que não tenho sido sincero em dizer que houve algum arrependimento.
A vida é experimentação e sofrimento e superação (ou não).
A vida é o que há.

domingo, 28 de março de 2010

Conclusão tardia

Cheguei à conclusão que não valeu a pena. Eu, tão autêntico e "naive".
Você, tão dissimulada e perdida.
Penso que uma das coisas que me atraiu em você foi suas nuances de vulgaridade.
É, você tem um jeito lascivo, feminino e sedutor.
Quando você disse que fumava e era "perdida" eu já sabia.
Só que a inteligência brilhante também está presente, junto, num caldo delicioso.
E eu, tão "nerd" e tão forte, ao mesmo tempo. E tão sensível e tão amigo.
E você deixou tudo descer pelo ralo.
Quem sabe não nos cruzaremos pelo caminho. Quem sabe...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Paz e vida plena

Esfinge:

Continuo atormentado pelo que aconteceu. Tanto tempo já se passou, mas continuo sem entender, e, sem entender, minha vida não avança.
Confesso que falei demais. Reconheço que falei muito de mim mesmo e exagerei muito também. Mas foi apenas para ser notado, para que ficasse alguma coisa do que disse em sua memória. Não sou especial em nada. E reconheço, profundamente, esse fato.
Foi a tática errada, hoje entendi.
Acontece que não tive mais a oportunidade de mostrar quem, de fato, sou.
Você me isolou. Colocou-me em eterna quarentena.
Tento me livrar de sua presença, mas, pela decepção, me é impossível.
Sou pessoa de fatos e argumentos lógicos (e sentimentos).
Nossas conversas e trocas de idéias eram memoráveis. Quanta inteligência da sua parte. Quanta classe e estilo.
E, da noite para o dia, tudo escureceu. Sem culpa e sem sentimentos, da sua parte.
Já falei que faltou bom senso. Mas, como você mesmo diz (e está certa), convivemos com imagens idealizadas e não com pessoas de carne-e-osso. Você teve (e tem) suas razões para ter agido daquela forma. Fico apenas com as consequencias.
E nutro bons sentimentos em relação à você. E desejo que tenha paz e uma vida plena.
E não esqueço o dia em que você me disse que sou compulsivo.
Só isso.


Compulsão Irresistível

Tenho compulsão sim,
Mas é pelo amor...
É pelo barulho das águas dos regatos calmos,
É por sentar na relva e sentir o frescor do orvalho
É pelo sorriso espontâneo
É pela justiça
É pela saudade
É pela compaixão
É pelo vento
E pela manhãs
Pelas espumas das ondas
Pela Lua, tão bela e prateada

Tenho compulsão, sim
Em rir dos homens e suas ilusões
Em rir de mim mesmo e minhas contradições
Em rir dos poderosos e suas podridões
Em cuspir em seus olhos vermelhos e arregalados
Em chorar pelos que sofrem
E em exultar pelos que se libertam
Dos grilhões do egoísmo,
E pelos que viram os universos paralelos
Tão vivos e tão dispersos
E se deliciaram com tal visão

Tenho compulsão em ignorar o tempo
E seu curso
Em começar pelo fim e terminar pelo começo
Em lembrar como se fosse ontem

Tenho compulsão sim
Mas é por viver
E sentir, e amar
E não pensar
E não analisar
E não viver a vida dos outros
E não lucrar com elas
E não viver inutilmente
E não rir da desgraça alheia
E não invejar coisa alguma

Tenho compulsão, sim
Em ser eu mesmo
E sofrer por minhas dores
E pelas dores do Mundo
Tão pesadas, mas tão humanas.

Decepção

Nunca havia usado tal palavra. É o resumo de tudo.

terça-feira, 9 de março de 2010

E por falar em amizade.

Ontem vi uma placa num poste dizendo: Trago de volta o amor, mesmo impossível. Ligar 8844-2345.
Que ridículo.
Nunca se pode querer o que é impossível. E, além disso, como se o outro fosse apenas uma coisa.
Não, há que se respeitar o outro. Acima de tudo.
O que me chocou foi a quebra da amizade. Foi a quebra do respeito para comigo.Foi o simples descarte, como pedra (lixo?) encontrada na estrada.
Jamais tive a intenção de invadir. Jamais mesmo.
Mas, apesar de tudo, superei e aprendi.
Adquiri um pouco da tua substância: a dureza, a aridez.
Desculpe-me pelo mal que te causei.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Apagar...

Aos poucos, apesar das aparições esporádicas, teu fantasma vai
esvaindo-se.
E é bom para nós dois.
O tempo será o senhor da verdade.
Vou-me de forma tranquila e serena.
Mas valeu a pena. Foi como uma viagem numa montanha russa.
De fato tu não admites que tem muito em comum comigo. Mas, na vida,
o respeito ao outro é fundamental e, sendo assim, segue teu caminho de enganos e
intrínseca solidão.
Que assim seja.
Já não penso tanto em ti. Para falar a verdade, quase nada. Era assim que "estava escrito"?

Beijos, muita vida e lucidez.

Eu, diferente do que fui.