sexta-feira, 18 de julho de 2008

Mais escudos que espadas

Margareth Atwood. Gostou? E da Gertrude Stein?
Tá vendo como não tenho preconceito! Para mim, além da falta de caráter, nada é pecado. Nada mesmo, apesar de não gostar de certas coisas "politicamente corretas". Sou careta em muitas coisas, mas careta livre, quero dizer, careta por opção íntima e satisfeita.
Hoje tá na moda ser gay. Não sou gay. Hoje tá na moda usar drogas. Não uso, fazem mal à saúde, causam dependência química e psicológica. Devem dar barato, dar prazer, mas não arrisco.
Para falar a verdade, só uso drogas lícitas ("irc", que palavra horrível). Só álcool mesmo, mas pouco, pelo prazer de beber apenas. Não preciso estar "adicted" para ser eu mesmo. Sou louco e normal ao mesmo tempo, o tempo todo. Sou uma contradição que respira, feita de material mole, aguado e perecível.
E você não me entende, mas tudo bem. A vida é isso mesmo. Você deve preferir pessoas previsíveis e que reproduzam o meio externo, sem reflexões.
Eu sou o contrário disso. Eu, quando represento o meio externo (tenho múltiplas personalidades, para consumo externo), faço porque quero e após meticulosa e sensorial análise.
Mas, infelizmente, para se viver é preciso usar armaduras. Até entendo a sua. Eu, pensando bem, também uso (somos mais escudos que espadas).

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Adeus chatice

Vou ser eu mesmo. A chatice, por incrível que pareça, eu inventei, para consumo externo.
Acho que todos vão gostar. Pelo menos assim espero.

Que bom

Que surpresa! Achei que você não iria aceitar. Comprei com todo o carinho. Atrasei-me por isso. Espero que goste da Atwood.
Você leve é muito melhor.
Também estou leve, hoje.
Que bom.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sabe, Esfinge (não posso dizer seu nome por razões óbvias), eu acho que estou perdendo meu tempo.
Você é fechada demais. Não entendo tanta indiferença (tentativa de mostrar). Afinal, depois de tudo que aprendi sobre você, queria apenas trocar idéias. Nada mais.
Depois de tudo o que falei e sabendo suas posições, deixei de lado qualquer outro objetivo.
Mas estou chegando à conclusão que você é um caso perdido. Você me faz inútil.
Não consigo te alcançar. Você prefere ficar com está.
Mas vive ofegante. Você está usando o artifício de transmutar-me em algo horrível. E passa a visualizar tal coisa. Que pena. Não sou nada disso.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Muito prazer!!!

Agora você está tendo uma amostra melhor de quem sou eu. Não estou escrevendo mais sobre celtas, judeus, futebol ou coisas parecidas.
Só sensibilidade, relacionamentos, amizade, amor.
Vai ser assim.
Pense nisso.

Ofegante

Por quê está tão ofegante, Esfinge? Se fosses minha amiga, eu te daria ombro amigo, compreensão. Eu te ajudaria a caminhar pela praia, descalça, junto ao ir e vir do mar.

Hebraico

Só para você saber, vou estudar hebraico. Estou evocando minhas raízes Sefarads. Mas sou ateu, fique tranqüila. Só quero estudar filosofia grega, que é o que move o judaísmo, cópia de sabedorias anteriores.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Fui eu

Foi só o começo. Só uma amostra. Tenho poderes extra-sensoriais. E não é loucura ou esquizofrenia. É um dom, talvez inscrito em minha genética celta.
Concentrei-me ao máximo. Máxima destrutividade. Cernunnos em pessoa.
Viu como chutaram?
E o Corinthians foi antes. Arrogância atrai minha ira.
Arrependo-me depois, mas ... Inês é morta!!!
Posso atrapalhar qualquer um que acredite ser meu inimigo. Sem deixar marcas.
Já furei muitos pneus, quebrei muitas máquinas e coisas assim. Não é bom irritar a um bruxo. A cabala não é sobrenatural. É humana, é real, não é sonho, não é divina ou demoníaca.
Sei o que te move. Você é insegura. Quer esconder tua origem humilde. Que bobagem.
Somos todos iguais. Pessoas.
Vou expor tuas entranhas. Você não é forte coisa nenhuma. É uma farsa. Você é doce, gentil, ignorante, mística.
Evolua. Passe a ver os outros como eles são. Não são roupas, imagens, origens. Somos todos pessoas. Não há senhores ou deuses. Há seres humanos que, se passarem alguns dias sem água, secam como papel.
Pense nisso.

Pé-na-Lama

Perguntei a um amigo a opinião dele sobre a Esfinge. É, Esfinge, te acham arrogante ao extremo. Tenta se mostrar acima de "nosotros", mortais. Que triste. Você não é assim, você é doce, meiga e de boa índole. E bela, não precisa mostrar uma máscara de arrogância ... e, no fundo, de medo.
Aí fiquei pensando. O mundo dá voltas. Se eu fosse como esses idiotazinhos "que se acham" eu seria insuportável. Eu sou o que sou, não me faço parecer o que não sou.
Nobreza é um conceito ridículo. As gentes são feitas todas do mesmo material mole, aguado, frágil e perecível.
Mas, seus amigos da ... e outros assim, julgam-se nobres (você no meio deles?). Nobreza nova? Pequena burguesia. Pobres coitados!!! Pobre coitada de você, se pensares assim!
Não passa de uma pessoa ressentida com o próprio passado, com a própria origem ( que eu sei muito nobre, apesar de tudo, gente trabalhadora e de boa índole). Tem vergonha de ter sido pobre, quando deveria é ter orgulho.
Sei que amava muito ao teu pai. E dedica-se à tua mãe. Tenho absoluta certeza que foram pessoas muito especiais, porque somente gente especial poderia produzir alguém como você.
O único senão da pobreza é que, via de regra, ela significa ignorância. E nós, homens, não nascemos para continuar ignorantes e escravos dos dogmas.
Teus amigos todos são filhos, netos e bisnetos de analfabetos ou de ladrões ou de lavradores rudes. Têm o pé-na-lama. Não são ninguém. Não valem mais que ninguém. Mas, você sabe o que penso, não sou melhor do que vocês, tampouco. Somos iguais. Apenas tenho consciência do que sou: uma simples pessoa. Não tenho sonhos de grandeza. Sou igual a qualquer um.
E não adianta quererem me ridicularizar (Yôga), como você fez hoje, porque não é capaz disso. Eu não dou a mínima para Yóga ou Yôga. Usei uma pronúncia qualquer, apesar de desconhecer o sânscrito (o colega alemão lembrou). Nem sei quem é o tal de ... . Deve ser um idiotazinho qualquer, pura m...
Nobreza não significa nada. Eu creio nisso. Riqueza também não.
Sensibilidade, inteligência, humildade, respeito ao próximo, isso sim são valores em que acredito.

Pense nisso.

Esfinge

Como é bom sonhar com uma deusa da mitologia celta. Linda. Mãos lindas, pés divinos, cheiro inebriante e tudo mais.
Pele sedosa e cheirosa. Que delícia.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Encontrei uma citação que fica perfeita para você. A chamarei de "Receita de Esfinge":
"Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo a ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar-se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno".
C.S. Lewis.
E, aqui abaixo, um poema lindo de Rosália de Castro, poetisa galega, tão afeita às coisas do coração e da vida.
Negra Sombra (publicado em 1888, no livro Follas Novas).
Cando penso que te fuches,
negra sombra que me asombras,
ó pé dos meus cabezales
tornas facéndome mofa.
Cando maxino que es ida,
no mesmo sol te me amostras,
i eres a estrela que brila,
i eres o vento que zoa.
Si cantan, es ti que cantas,
si choran, es ti que choras,
i es o marmurio do río
i es a noite i es a aurora.
En todo estás e ti es todo,
pra min i en min mesma moras,
nin me abandonarás nunca,
sombra que sempre me asombras.

Quem é a sombra que sempre acompanhou Rosália?
Esfinge, você deveria ser estilista. Como você se veste bem. Perfeito estilo.
Valoriza suas qualidades, sua beleza.
A forma como se veste é um convite à contemplação. É obra de arte.

Are you affraid of me?

Quanto medo!
Não consigo livrar-me da impressão de que você quer distância porque teme ficar íntima demais. Teme minhas perguntas. Teme minhas dúvidas. Teme minha sensibilidade. Teme minha força, que apenas vislumbrou, de muito longe.
Teme que eu interfira, mesmo quando insisto em dizer que jamais faria isso.
Falta confiar, falta deixar fluir a sua intuição.
Teme abalos no seu mundo. Teme abalos nas estruturas de seu edifício, algo instável, mas que poderia ser monumental.
Teme a falta do chão.
Ah, e teme ainda mais a você mesmo. Sua sensibilidade, sua força, sua inteligência, tão mal aproveitada. Teme reconhecer que a beleza é muito mais profunda que a mera aparência e que a nossa percepção de aparência deriva mais de conceitos que de cheiros, que de toques, que de frios n'alma.
Acho que você teme viver os conflitos do mundo.
É melhor amigos robôs. Amigos "que se acham", que "fazem rir" (deveriam rir de si mesmos, de suas intrínsecas ignorâncias, preconceitos, de suas vidas limitadas pelos dogmas). Amigos do "funk", do "hip hop", tão negros como a neve, tão vazios como cubas de vácuo.
Teme mais ainda seus pés descalços.
Mera conjectura, cheia de incertezas. Como deve ser.