Você faz questão de tratar a todos melhor do que a mim. E a vontade de me atingir não passa . Não entendo...
Como você me dizia, no ambiente de trabalho jamais alguém foi tão próximo a você, tão confidente, tão amigo e tão afim.
Eu devo ter lhe atingido em algum ponto muito vulnerável (sem o querer, uma vez que sempre só quis o seu bem) em uma situação em que você ficou irreparavelmente magoada.
Se fosse só porque você se encheu do meu modo crítico à vida cotidiana você não estaria tão hostil.
Tudo bem, eu sou crítico mesmo, apesar de individualista na prática, como você. E sei que tanto você quanto eu não gostamos de ficar só na crítica, gostaríamos e vamos fazer mais. Tenho certeza.
Mas sei viver a vida também, como você. Sou ligado, sem culpa, nos prazeres da vida. Sou humano (deixa prá lá aquela coisa de ET).
Gosto de música, assim como você. Gosto de estética e design, assim como você.
Temos muito em comum.
Não posso fazer você ver o mundo com meus olhos. Se visse deixaria de lado essas idéias de horóscopo, cabala, espiritismo e determinismo ("makhtub").
Não, somos nós que fazemos nossa história, nosso futuro, ainda que o meio em que nascemos e vivemos seja muito determinante para nossa caminhada.
Mas, deixa prá lá...
Como última possibilidade vejo que você simplesmente pode ter querido se afastar para não se aproximar ainda mais. Certa vez você me disse que quando a situação ficava perigosa muitas vezes você simplesmente abandonava o barco para evitar intimidades e tudo o mais (em outras palavras, medo das complicações da vida e do amor)...
Não sou perfeito, longe disso, mas sei respeitar limites.
Com você o problema foi a reviravolta repentina, sem aviso.
Não, no meu mundo amigos são amigos e para sempre, com todas as chatices, defeitos e qualidades. Não tem essa de abandonar os feridos (na Guerra...)
Eu morro de curiosidade e espero encontrar, de algum modo, as respostas.
Saudades, mágoa de você, estas outras coisas eu já aprendi a conviver. Mas minha tristeza é profunda e irreparável também.
A decepção com alguém que sempre tratei com sinceridade e abertura de mente foi definitiva. Jamais serei o mesmo (você já deve ter percebido isso).
Perdi meu brilho externo. Sobrou só o cinza (ou só sobraram cinzas?).
Arrasto-me por entre as sombras. Sou apenas sombra.
E a situação ainda fica pior naquele ambiente patético em que convivemos (você não fazia parte daquilo, mas agora se fundiu à parede...)
Será que sobrou algo dentro de você? Você ainda é humana? Ainda tem coração? Já teve, um dia?
Você, mais que ser mestre em escolher suas roupas, sapatos (que beleza!!!!), etc, é, infelizmente, mestre em frieza, em capacidade de ser egoísta e centrada em si mesmo, em não ter consideração com os outros, com quem é bom.
Só ombros largos não resolvem, é como comprar um carro reluzente, uma Ferrari. Após a compra, ao conversar com o travesseiro, o dono não vai conseguir se enganar muito tempo...continuará o mesmo, tão frágil como antes.
Só o verdadeiro amor liberta e nos leva para as estrelas.
E o amor tem de ser demonstrado, tem de estar onipresente.
quarta-feira, 11 de março de 2009
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