quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amor é fogo que arde sem se ver


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luiz Vaz de C. (grande poeta, grande conhecedor das cousas da vida e do amor).
Nada muda nesse mundo, só transforma-se em nada, de novo.
MAKTHUB?
Nada muda, o tempo só dá voltas,
E a vida é caminhar por aí,
É cair num poço sem fim,
é labirinto sem saída.
É calor, é frio, é dor
é noite mal dormida
é canção mal ouvida
é a mão abandonada, é o amigo que se foi,
porque não suportou olhar...
Pior frio é o frio na alma,
daquelas que se escondem,
que se sentem duras, rochas,
que não se dão, não se emprestam,
fingem a força que não têm.
Fingem não sentir, não amar
E seguem por aí, abandonadas
Sem eco, sem a mão amiga que ampara,
Sem mosquetão para subir a dura encosta,
Seguem e não têm com quem falar
Apenas a ruminar...
Makhtub!!!

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