sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Consumindo a si mesmo

Consumo. "Vazio Interior" impreenchível. Os anunciantes valem-se de tudo: filmes de Hollywood, Canais de TV a cabo, séries estrangeiras, novelas domésticas, futebol, astros da música, produtores de música, de tudo mesmo.
Tudo busca impor uma maneira de ser "desejável", a "maneira de ser do outro", ou, traduzindo, "the winner way of life".
E é claro que você não quer ser um "looser", quer?
Querem te fazer acreditar que sem o consumo obrigatório e ordenado de cima, você não é humano (humana). E convencem seus amigos que você só será merecedor da atenção deles quando e enquanto estiver alinhado "com a turma". É celular da moda, é corte de cabelo, é "Show da Madonna", "High School Musical", "Camp Rock" e todas estas "merdas".
Mas não, nada disso é necessário. A vida não vai parar de fugir de suas mãos. O tempo escoa inexoravelmente.
Amizades construídas na base de modelos externos são "para consumo" também. Relacionamentos "de consumo" também são pobres, não prencherão você, tal como a nova SUV, que não te prencheu por mais que cinco dias.
A roupa nova, a "cara nova", o "nariz novo", a "bunda" nova. Tudo vem e se vai, na mesma velocidade.
Eu acho que melhor que "consumir" pessoas é conviver com elas, sorver suas sabedorias, todas, todas mesmo (você me entende, tenho certeza). É trocar carinhos irrestritos e desinteressados.
É, como sempre digo, não ser parte "da rede", mas ser ponto na rede, único e indispensável.

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