Teu silêncio é cruel
Porque não pára de gritar
Não pára de dizer que não valho a pena
Que não valho nada
Que sou a moeda caída no chão
Que ninguém se abaixa para pegar
Não acrescento nada
Não represento nada
Sou as fezes do cão na calçada
Sou o barco naufragado
Sou o silêncio forçado a viver
Mas ainda assim continuo a te admirar
E a sonhar com um pouco de carinho
Mínimo mesmo, impossível mesmo
Tu me fascinas e me intrigas
E tua beleza interior é luz ofuscante
E teu perfume é inesquecível
E o sofrimento de não poder te falar é inominável
E me falta o chão.
E soube que desejas me deixar
Pegar as coisas e partir
E nunca mais me ver
E simplesmente esquecer
E será, prá mim, morrer de tristeza
E continuar a ver-te ao longe
Inatingível e distante...
Impossível apagar-te, saiba.
sábado, 27 de setembro de 2008
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