Oi, Esfinge.
Gostaria, mesmo, que você falasse de coisas, sobre mim, que eu mesmo desconheço.
Sim, há muitas coisas a meu respeito que somente alguém como você percebe e que não vejo.
É para isso que queria ser seu amigo. Não era para nada mais.
Acho que você tem paradigmas fixos acerca da vida. Você é um pouco como o M. Ele sabe todas as respostas (não é o seu caso), ele teve um treinamento longo de conteúdo.
Eu, por outro lado, sou só dúvidas e gosto disso. O mundo não é feito de respostas. É feito de perguntas, muitas delas sem respostas.
Mas, voltando, realmente eu queria te comer. Mas de verdade. Queria digerir suas entranhas, aprender com isso (é isso que me move).
Você é adorável. É muito forte, sem ser a "mulher alpha". Essa tal "gente alpha" me dá nos nervos. São uma farsa. Como o M., sabem todas as respostas. Só que elas vivem num mundo de fantasia, virtual. Quando (e se) encontrarem o mundo de verdade vão sentir um enorme vazio.
As coisas boas da vida não são materiais: amor, carinho, troca de experiências, amparo, compreensão, inteligência, sensualidade, beleza.
Mas você teve medo de mim. Sou muito louco para o seu mundo. Sou louco de verdade, não sou louco para consumo externo.
Minhas crenças são avançadas no tempo (eu acho que com o tempo as coisas vão melhorar, as pessoas vão deixar, gradativamente, de serem dogmáticas). Eu amo a liberdade.
Porém não sei as respostas, inclusive para minhas angústias, que me fazem sofrer e sentir solidão.
Eu queria te conhecer. Não é uma vontade comum. Não aparece quando estou com gente comum. Não aparece quase nunca. Mas, com você, apareceu.
E, quanto mais as coisas ficam impossíveis, mais eu me ligo nelas. É do meu ser. Não há como mudar.
Por exemplo, gosto de ir pelos caminhos mais difíceis. Gosto de escolhas difíceis. Amo o violino e as cordas, todas muito, muito, muito difíceis.
E Esfinges são minha especialidade (faltou falar isso). E não mordo e não vou usar mais aquele disfarce chato (eu não o suporto, tenho classe).
Eu me acostumei tanto a usar disfarces que tenho enorme dificuldade em encontrar minha verdadeira face. Estou tentando, mas, dia após dia, tenho falhado. Vou continuar.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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