quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Linda, como sempre

Como você estava linda! Mas só eu que acho isso, pelo menos do jeito que deve ser.
Mas você está cruel demais. Estou como aquela pessoa que é atropelada, sofre e morre, mas revive e é atropelada novamente, sofre as dores e morre e assim continua, num ciclo interminável (lembro Prometeu acorrentado).
Achei que você conversaria comigo, pelo menos. Não, você fez questão de ficar o mais longe possível, durante a sessão obrigatória externa.
Como é possível? Você não tem sensibilidade alguma? Será que você não percebeu o trapo em que me transformei?
E trapos são inofensivos. Na verdade, eu sou inofensivo (você não crê nisso). Mas o modo como você me trata é duro, duríssimo.
Como já falei, nem a um inimigo temos o direito de negar o diálogo. Mas, confesso, o inimigo tem de ser alguém que respeitamos, que nos desperta consideração.
A única resposta que encontro é que não sou assim. Sou "trash". Não desperto respeito, consideração, quanto mais empatia.
É um sonho irreal pretender ser bem tratado por você.
Mas, sinceramente, não vejo no que te ofendi tanto. Mesmo na hipótese de eu representar alguma ameaça (impossível eu ameaçar alguém), você me toma por um ser abjeto, disforme, etéreo. Ou pior, por um ser inexistente.
Não, eu existo. Tenho coração e coração e coração e coração e até um corpo e uma mente perecível (não tenho alma, isso você sabe).
Como já te disse também, não ouso mais tentar levantar hipóteses que expliquem tamanho desprezo. Eu aprendi, com você, a não ficar conjecturando muito. São suas ações que estão me destruindo. Será que aguentarei muito tempo? Está muito difícil.
Eu sei que você não acredita, mas isto para mim é um fato inusitado. Jamais me aconteceu.
Estou como vidro tensionado (já te comparei a isso). Estou prestes a implodir (pode ficar tranqüila, ninguém vai notar nada).

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